segunda-feira, 12 de março de 2007

O menino e o poeta


“Talvez eu não seja poeta.... talvez eu só traga no peito uma ferida aberta... que aperta... talvez eu seja apenas um romântico nesses dias de luta...”

Quando a música arrebata o peito, quando o conjunto de sons desencadeia o turbilhão da emoção, quando melodia e harmonia se juntam com bela voz e fazem ausentar a razão que sempre analisa... eis que acontece amor entre menino, poeta e eu, que escuto como se fosse uma criança de cinco anos encantado com a beleza de pipa e rabiola lutando contra as nuvens e o céu entre os raios do sol.

Os caminhos desta criatura que diz ser louco errante de mundos e desmundos me fizeram cair no que se dizia um ensaio de música. “Há ali um menino cantor e um poeta que chorou vida em alguma canção bela” – me disseram bocas amigas. Com o espírito de quem iria adentrar um bar de um beco qualquer para ouvir violão rasgado ou flauta suja, fui desarmado de encontro às luzes dos holofotes da alma de alguém.

Como disseram as bocas amigas lá encontrei um menino cantor e um poeta chorado pela vida. Num balé de música, poesia, poesia musicada e música de poeta. Cantaram dor do peito, feira com todas as verduras boas, homenagearam a dona do samba, fizeram música ao acaso, planejaram casamento, falaram da vida. Tudo isso, e me juraram ser esse todo um ensaio ainda apenas.

Este menino e este poeta não são parte da mente deste louco errante somente. São criaturas humanas que perambulam por esta Barbacena, e cantam e choram e riem. São Pablo Bertola, são Lido Loschi e são sempre um Ponto de Partida.

Da forma que eu podia deixei aqui minha pequena homenagem, deixei meu sorriso, deixei um pedaço feliz de mim.

Menino e poeta. Vida e arte que reascenderam alguns holofotes da minha alma.

02 de agosto de 2005

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