segunda-feira, 12 de março de 2007

Faces da arte 1



trilhas de uma vida sem princípio de fim

crônicas da vida humana que cria... 01

- andarilho -

Aspirar rumores de vida para os pulmões da alma que poeticamente pede à vida rumores da alma por consolo dos que aspiram mais que viver. Vontade sã de consciência viva no mundo que de filosofia quase se estrangula por divagar com pés no chão. Crepúsculo misto de fé na crença do indizível, misterioso crer no aspirável sensível que não se avoluma aos olhos, ganância capital pela voracidade das incertas sensações para a abstrata, atraente e inalcançável palavra “alma”!

Clamar alívios límpidos para a própria, gulosa de caminhos truncados, sedenta de atalhos inabitados, caçadora dos desertos humanos abandonados. Guia cega que com tanta luz trespassa o óbvio e respira a pureza do adivinhável, do mundo sensível aos pulmões do cérebro e à certeza do coração que pulsa com ânsia de vomitar tanta paixão tecida em arte! Tanta dor tecida em arte! Tanta ausência tecida em medo e tanto medo fluindo arte!

Infernos que se vislumbram à sombra da existência de algum prometido céu. Santos pecados redimidos com água e palavras carnais. Aspirações de salvação, buscas por mais caminhos. A arte da vida é não cessar sequer quando acaba.

17 de fevereiro de 2006

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