segunda-feira, 12 de março de 2007

A cidade das borboletas



Tiradentes...

a cidade das borboletas

Som de flautas transversais! Clarins! Alguns tambores ritmados fortes astutos! Cornetas! Cavalos! Entradas triunfantes! Tudo cabe muito bem numa entrada real dos contos da fantasia. Deixei o caminho do ar, voltei ao chão e andando acompanhado por vôo de borboletas cheguei ao belo lugar. Não houve todo o alvoroço dos contos, um violino singelo vibrava em sons melódicos convidando a entrar sobre o tapete de pedra desta airada cidade.

Neste conto de fadas borboletas e homem errante visitei a cidade humana e a fantástica. Vi a pequena histórica Tiradentes ser esculpida por pedras, vigas e sonhos carregados pelas fadinhas voadeiras. Paredes foram “flutuadas” do chão a quase o céu. Praças foram brincadeiras de roda feita por milhares de borboletas, coloridas, serelepes, faceiras, dengosas, meigas, determinadas.

Começaram a brincar de “pique-pega”, as danadas. Foi tanta “correria” pelos ventos de Tiradentes, tanta pressa e rapidez, tanto sorriso e beijo em muro que com sorrisos começaram a esculpir monumentos. As borboletinhas intelectuais anotaram o desenrolar dos dias numa brincadeira vivida como “história”. À noite, todas se reuniam para cantar cantigas de ninar. Uma tal borboleta branquinha, de bochechas rosadas, deitou-se ao meu lado e cochichou segredos ao meu ouvido.

Adormecido e acordado em sonhos de um conto real e fantástico, estava eu deitado em um banco de praça numa cidade quase fantasma, cheia de sonhos, repleta de glamour... parecia até uma cena de cinema.

08 de julho de 2005

Um comentário:

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

E quando este andarilho deixará mais pegadas e cores de borboletas por aqui???... Estou com saudades de tuas visitas aladas, apareça. Beijinhos cor-de-violeta.