segunda-feira, 12 de março de 2007

Inexato

inexato.....

incoerente....

inigual.

Inexato

Eu pretendo, ainda, estrear um palco. Vou brilhá-lo por idolatria da intenção do seu próprio espaço – fábrica geradora de sonhos e de calos. Vou construindo, aos poucos, este palco cá comigo, cá em mim.

O meu grande problema é que acho insuportavelmente difícil falar de palco e não citar cortinas, histórias, luzes e coxias. Esta é a arte metalingüística no ideal: falar e falar, como num ensaio, de um assunto no outro sem evidenciar-se tautológico ou não sincero.

Minha tautologia se esquiva na amiga e canastrona subjetividade. Esta irmã mais velha que no fundo me compreende e denuncia como a liquidez de meus olhos. Julgo-a tão traidora que a utilizo para ludibriar-me dizendo-vos meus mais íntimos pareceres de prazer. Minha raiva é que não a controlo. Cuspo-a no palco, que acaba se evidenciando. E olha que eu quase já não percebia sua permanência inerte de manufator de loucuras – estas que desafiarei no picadeiro a se inaugurar.

Vou criar um espaço para competir-me! A cada longo texto, um bloco desconcertado se alinha na boca-de-cena. E a cada espetáculo uma loucura saltitará do limiar da honestidade. Perfeito! De início, me falta explicar a loucura...

...continua

29,04,2005

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