segunda-feira, 12 de março de 2007


...borboletas esvoaçaram vista, texto e sentimentos em uma

linda casinha de borboletas...

Começaram me arrastando até um trevo de uma histórica Tiradentes. Fui “borboleteando” acompanhado por uma linda borboleta princesinha, branquinha com bochechas rosadas sorrindo e me levando até uma casinha de borboletas....

Buscando tarde eu encontrei moças faceiras a voarem com par de asas belas, coloridas e mágicas. O rosado par de bochechas “me voaram” por caminhos maluquinhos, por ribeirinhos mínimos e devagares, por entre árvores falantes e cães literatos, por uma fábrica de tijolos esculpidos à unha de borboleta e algodão de nuvem. Paramos ribeirinhos para bebericarmos um cristal de água que adulava nossa sede. De carinhos na garganta a água esticou uma mão d’água e carinhou minhas narinas, fez borbulhas no céu da minha boca e me puxou pra um mergulho.

Adentrei uma caverna repleta de dentes de fada – nome que me lembrou um doce típico de Minas que precisa ser criado – dentes no teto, no chão, nas paredes e no ar. Fadas repletas de asas, cheias de saias completas de babados, rendas, meias três quartos, luvas lisas, cachinhos dourados, e mais asas de borboletas. Cavaram numa montanha uma caverna esbelta, grande e bela para dormirem as borboletas artesãs fabricantes de tijolos com algodão de nuvem. A borboleta alva de bolinhas rosas nas bochechas “me voou” para a beirada de lareira que aquecia o escurinho da noite fechada na caverna. E quanta magia! Imagine uma harpa toda em ouro, sem emendas, peça única esculpida por fadas sendo tocada por cento e cinco borboletas coloridas e cantantes! Acho que nem adormeci, foi só sonho vivido por toda a noite.

Enquanto o que parecia ser a noite chegava ao que parecia ser o fim, o que parecia escuridão começava a parecer ser dia. E as que pareciam pequenas fadas começaram a parecer borboletas-vaga-lume, carregando cada uma uma pequena fagulha de sol. Então em centenas alçaram um vôo inteiro rumo ao que parecia ser o céu. E o que era caverna e noite se fez sol e dia. E as que eram borboletas se fizeram voz de deus e cantaram para mim o amanhecer.

Continuei flutuando... – a é, esqueci de contar – ...enquanto o “sol” nascia eu fui desperto por um beijinho de borboleta junto aos cílios dos meus olhos. Despertei e lá estava minha linda princesinha borboleta, me chamando pra passear e conhecer a linda cidade das borboletas!

...continua

01 de julho de 2005

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