sexta-feira, 14 de maio de 2010

Viajante




Ir para os tantos lugares, visitar as todas casas. Ser aqui e lá, no meio do entre. Andando sou só caminho, infinitude, profundeza de possibilidades.

A cada mergulho dentro de alguém me devolvo ao mundo alargado, com maiores horizontes na essência. Fico cada vez mais disposto ao tudo, ao sempre estrear uma outra utopia, viver sol e ser lua.

Chuva de estrela cadente só se vê no alto do morro, na contemplação do olhar para cima. À noite eu caio, mas sem perder o brilho.

Sou poeira do universo que transborda pelos poros os raios de si, esperando o brilho voltar refletido nos olhares, nos sorrisos.

Misturo-me aos tantos e, mesmo com manto breu de fundo, brilho sem parar, brilho até raiar, brilho até cair.

Sem tamanho certo ou dimensão precisa eu ocupo, transito, parasito, participo. De mesa em mesa e canto em canto eu rodo canto encanto tanto que vou voltando, indo e vindo, ali e lá, pra variar, perambular.

Andarilho Louco Errante
Santo Grão, 02.jul.2009

2 comentários:

Soraia Moraes disse...

que lindo Fred! gente é pra bilhar e você está cumprindo a sina.
já estava com saudade do Andarilho.
bjs.

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Caríssimo andarilho, por onde andas??? Saudades de tuas visitas... Deixo abraços alados azuis, e o convite para que venhas comentar CINZAS E CINTILÂNCIAS DO COTIDIANO.