
A toa toa, toda hora passa o tempo de esperar. Assentado num balanço roendo o condão que sustenta o sono, bocejando a tarde, engolindo o início do findar do dia, a noite serena com a lua a brilhar sozinha, sem estrelas comparsas, cúmplices, companheiras.
Com poesia que baila e a lancinante vontade de pairar os pés nas poeiras acho que repuxei o menino que caminha nos vãos da história. Puxa trapo, trança troça, tece tanto na ciranda, brinca e roda de afoxé, rebate no repique na baqueta e no maracatu, joga frevo na viola, ascende praça e é carnaval.
Volta todo bailoso, cheio de trama, deliciado e todo pária, escorregado em os becos, voltado de lá, voltado de cá, de qualquer lugar. Veio andando, distraído, concentrado, como jaguar caçando borboletas.
Um comentário:
Fazia tempo que não passeava por aqui... Que bonito e bailante este teu texto! E... engraçado, as tramas e luas e letras me fizeram lembrar de um outro amigo poeta (seria mesmo outro?)...!
Mas... percebo que também faz tempo que aconteceu a última postagem. Estará o andarilho viajando por outras paragens, recolhendo e espalhando poeiras de poesia?... ABraços alados, amigo.
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