
A toa toa, toda hora passa o tempo de esperar. Assentado num balanço roendo o condão que sustenta o sono, bocejando a tarde, engolindo o início do findar do dia, a noite serena com a lua a brilhar sozinha, sem estrelas comparsas, cúmplices, companheiras.
Com poesia que baila e a lancinante vontade de pairar os pés nas poeiras acho que repuxei o menino que caminha nos vãos da história. Puxa trapo, trança troça, tece tanto na ciranda, brinca e roda de afoxé, rebate no repique na baqueta e no maracatu, joga frevo na viola, ascende praça e é carnaval.
Volta todo bailoso, cheio de trama, deliciado e todo pária, escorregado em os becos, voltado de lá, voltado de cá, de qualquer lugar. Veio andando, distraído, concentrado, como jaguar caçando borboletas.